Em uma era marcada por mudanças exponenciais, a prontidão para o futuro é uma aspiração compartilhada pelas áreas de Tecnologia da Informação naquelas organizações que se destacam por serem visionárias.
Se mostra, então, necessário definir adequadamente o que significa estar pronto para o futuro dentro da perspectiva de uma área de tecnologia.
Nesse contexto, o "O que" fecha o paralelo do CIO Codex Framework versus o modelo do Golden Circle de Simon Sinek (Comece pelo Porquê), orientando os líderes de TI na reflexão sobre o que é necessário para uma área de tecnologia que almeja a excelência operacional, a inovação e a alavancagem estratégica de forma a inspirar e guiar toda a organização rumo a um futuro (quiçá presente) diretamente interligado e suportado pela realidade digital.
Ao focar no "O que", líderes de TI são incentivados a adotar um pensamento crítico e aprofundado da compreensão clara dos componentes necessários para o sucesso e sustentabilidade a longo prazo de uma área de tecnologia.
Estes componentes são, em essência, categorizados em dois elementos fundamentais: ativos e competências, tal e qual abordado na conceituação do que compõe uma empresa.
No conteúdo “Porque a IT é essencial na era digital” é abordado de forma macro que uma área de tecnologia, assim como as demais áreas de uma organização são compostas por ativos e competências, organizadas e orientadas para alcançar as diretrizes de objetivos, metas e ambições da empresa.
Lá é brevemente abordado quais os ativos e competências usualmente compõem uma área de tecnologia, mas aqui nesse conteúdo é onde são efetivamente detalhadas quais as características, conceitos, importância, inter-relacionamentos, tendências, critérios de maturidade e diversos outros fatores críticos para o sucesso inerentes a cada categoria de ativo e a cada competência específica.
O CIO Codex Framework entende que a preparação de uma área de Tecnologia da Informação para o futuro é inextricavelmente ligada à sinergia efetiva entre seus ativos e competências.
Esta interação não é apenas complementar, ela é fundamental para a capacidade de uma organização de transformar suas operações de IT em um vetor de mudança estratégica e inovação.
É reconhecido que os ativos por si só, embora essenciais, são insuficientes para impulsionar o sucesso a longo prazo.
Da mesma forma, as competências sem uma base sólida de ativos são incapazes de alcançar seu potencial máximo.
Portanto, é enfatizado que a verdadeira eficácia em IT é obtida quando as propriedades perenes dos ativos são potencializadas pelas competências estratégicas e operacionais.
É muito importante considerar que a sinergia entre ativos e competências é alcançada através de uma orquestração cuidadosa, onde os ativos são não apenas mantidos e gerenciados, mas também continuamente aprimorados pelas competências em evolução.
Esta orquestração é o que permite a uma Área de Tecnologia navegar eficientemente pelo complexo ecossistema tecnológico, onde a mudança é a única constante.
A capacidade de uma IT de se adaptar e responder proativamente aos desafios emergentes é caracterizada como um resultado direto desta sinergia.
É esta interdependência que posiciona a IT não apenas como uma função de apoio, mas como um líder de pensamento e inovação dentro da organização.
Este conteúdo introdutório é o prelúdio de uma análise profunda que se desdobra nos conteúdos complementares seguintes.
Neles, é detalhada cada camada de ativos e competências, examinando como eles interagem e se reforçam mutuamente e delineando estratégias para cultivar e alavancar esses elementos essenciais.
Com um olhar crítico para além das soluções de mercado de curta vida, é dado destaque para as características perenes dos ativos e na capacidade distintiva das competências.
É possível concluir, portanto, que uma IT pronta para o futuro é aquela que possui uma compreensão integrada de seus ativos e competências e que está equipada para aplicar essa compreensão em um ambiente de negócios que está constantemente evoluindo.
Assim, a Área de Tecnologia transcende sua função tradicional e se torna um vetor chave para a inovação, competitividade e sucesso a longo prazo.
Este conteúdo define o estágio para uma jornada transformacional, rumo a uma IT não só pronta para o futuro, mas que efetivamente molda esse futuro a partir do seu entendimento claro daquilo que é essencial para o sucesso.
Relembrando que sucesso pode ser definido como atingir os objetivos da organização, o que mais uma vez reforça o próprio conceito de que a área de tecnologia é chave para suportar as organizações a alcançarem suas diretrizes de objetivos, metas e ambições, tal e qual apontado na Pirâmide de Diretrizes Corporativas.
Dentro do tópico What IT needs to be ready são profundamente detalhados diversos aspectos dos principais componentes que formam uma Área de Tecnologia, organizados da seguinte forma:
IT Assets
Dentre os diversos aspectos centrais de uma área de Tecnologia da Informação que se antecipa aos desafios de um amanhã em constante evolução, destacam-se os seus ativos.
São eles que constituem a infraestrutura operacional e estratégica, permitindo a funcionalidade, a inovação e a continuidade dos serviços de IT.
A diversidade desses ativos é organizada em camadas, cada uma representando um espectro de recursos que sustentam as multifacetadas operações de IT.
Nos ativos tangíveis, a infraestrutura de hardware e as soluções em nuvem são destacadas.
Por outro lado, nos intangíveis, é reconhecida a importância da propriedade intelectual, dos processos e da cultura organizacional. Especial ênfase é dada ao capital intelectual e à marca IT, que servem como motores de inovação e defensores da integridade dos dados.
Na exploração dos fundamentos de uma IT preparada para o futuro, é enfatizado, por meio de uma abordagem deliberada, a essência duradoura dos ativos, suas propriedades perenes, em detrimento das tecnologias efêmeras que dominam o mercado.
As tecnologias podem ser transitórias, mas são as características inerentes aos ativos de IT que oferecem continuidade e flexibilidade, permitindo a adaptação a novas ondas de inovação.
É nas propriedades, e não nas tecnologias em si, que a atenção é concentrada, uma vez que os conceitos suportados pelas propriedades e características dos ativos são de uma natureza muito mais perene e relevante dentro do universo de reflexões priorizadas pelo CIO Codex Framework.
Portanto, a escalabilidade, por exemplo, não é meramente uma característica desejável, ela é reconhecida como uma necessidade estratégica para apoiar o crescimento organizacional. Similarmente, a capacidade de integração e adaptação é destacada como fundamental para o aproveitamento de oportunidades tecnológicas que surgem continuamente.
Esta orientação estratégica assegura que a seleção e aplicação de tecnologias estejam alinhadas com uma visão de longo prazo. Não se trata de ignorar a inovação tecnológica, mas sim de compreender que o poder de uma IT resiliente reside na habilidade de usar suas propriedades perenes como alicerce para a mudança e inovação.
Nos conteúdos complementares é realizada uma análise detalhada das camadas de ativos que formam os pilares de uma IT ágil e adaptável.
Através desta análise, é estabelecida uma visão para a gestão e o desenvolvimento de ativos de IT que não apenas sustentem as operações correntes, mas que também impulsionem a transformação estratégica indispensável para uma IT verdadeiramente pronta para o futuro.
IT Capabilities
É através das competências que a transformação em Tecnologia da Informação é impulsionada e estas competências não são meramente conjuntos de habilidades, são conjuntos de capacidades que alicerçam a estratégia, a operação e a inovação técnica.
É demonstrado que, para que uma Área de Tecnologia esteja pronta para o futuro, as competências devem ser desenvolvidas e aprimoradas de forma contínua e intencional.
Na estruturação das competências, uma atenção detalhada é conferida à necessidade de alinhar relações de negócios, antecipar tendências tecnológicas e fomentar a engenharia de soluções robustas e adaptativas.
É postulado que a verdadeira capacidade de uma Área de Tecnologia em se transformar depende da habilidade de explorar e incorporar novas tecnologias, mantendo ao mesmo tempo um nível excepcional de excelência no serviço das tecnologias e ativos pré-existentes.
As competências são categorizadas e organizadas de forma a representar os diversos níveis e facetas de IT, desde a gestão de relacionamento de negócios até a visão tecnológica, engenharia de soluções, exploração de novas tecnologias, excelência no serviço, segurança cibernética e transformação de IT, cada categoria é reconhecida como uma engrenagem essencial no mecanismo que conduz a IT rumo ao futuro.
Vale enfatizar que estas competências não são simplesmente adquiridas, elas são cultivadas através de um investimento sustentado em desenvolvimento de talentos, inovação e governança.
Deve ser reconhecido que, embora a tecnologia possa ser comprada, as competências representam um diferencial estratégico que não pode ser facilmente copiado, replicado ou substituído.
A diferenciação entre as competências e os meros conhecimentos técnicos é claramente estabelecida, a partir da conceituação das mesmas (o que elas são e o que elas não são).
Enquanto o conhecimento técnico pode ser considerado uma mercadoria, as competências são vistas como ativos valiosos que definem a capacidade de uma organização de gerar valor através de seus ativos de IT.
Nos conteúdos complementares é realizada uma análise aprofundada das competências-chave, examinando como cada uma contribui para o motor de transformação de IT.
É delineada uma estratégia para aprimorar essas competências, com o intuito de garantir que a Área de Tecnologia não apenas responda às mudanças, mas as antecipe e as direcione. A capacidade de uma organização de prosperar em um futuro incerto e empolgante é, portanto, diretamente proporcional à profundidade e força de suas competências de IT.
IT Reference Model
O CIO Codex Capability Framework busca se posicionar como um modelo de referência abrangente, projetado para atender às necessidades variadas e dinâmicas das organizações no cenário atual da tecnologia.
Estruturado em camadas e macro capabilities, cada uma abrigando uma série de capabilities específicas, este modelo serve como um guia detalhado e pontual, oferecendo uma análise profunda e abrangente de cada capability.
Embora não alcance uma completude absoluta devido à natureza extensa e à profundidade dos temas abordados, cada capability é explorada a fundo, abrangendo desde a introdução e descrição, conceitos e características fundamentais, até o propósito e objetivos, que discutem o valor da capability para o negócio e sua importância para a tecnologia.
Orientações sobre o roadmap de adoção são fornecidas, incluindo fatores críticos de sucesso e etapas do planejamento e execução.
As melhores práticas de mercado são detalhadas com base em benchmarks e estudos de caso, enquanto os desafios atuais abordam os obstáculos enfrentados na adoção e integração da capability.
Tendências futuras oferecem insights sobre a evolução da capability, antecipando mudanças e inovações.
KPIs usuais definem os indicadores-chave de desempenho para medir eficácia e eficiência, e exemplos de OKRs fornecem metas e métodos de rastreamento de progresso.
Critérios para avaliação de maturidade são estabelecidos, inspirados na escala CMMI, considerando cinco níveis de maturidade.
A convergência com principais frameworks de mercado é explorada, mostrando como a capability se alinha, suporta e integra com padrões reconhecidos como ITIL, COBIT e SAFe.
Cada capability é detalhada em processos usando a abordagem PDCA, com atividades definidas segundo o BPMN, e inclui a definição das matrizes de responsabilidade RACI e DARE.
O CIO Codex Capability Framework, enquanto modelo de referência, é projetado para funcionar como um ponto de partida para a exploração dos principais tópicos de cada capability, ideal para consultas direcionadas ao invés de leitura contínua.
Profissionais de TI, líderes de negócios e outros stakeholders encontram neste framework um recurso valioso para navegar pelas complexidades do ambiente de TI moderno, permanecendo na vanguarda da inovação e do desempenho operacional, prontos para criar o futuro da era digital.