Se os bancos conseguem, as demais indústrias deveriam se sentir confiantes de que igualmente conseguirão!
Afinal, acho que merece ser levado em conta que (em geral) as arquiteturas dos bancos são mais complexas do que a média das demais indústrias:
- Muitas aplicações (me recordo de casos no Brasil com bancos que contavam seus sistemas na casa de milhares).
- Sistemas complexos, com 1, 2, 3 ou "n" camadas, construídos em diversas plataformas, linguagens e frameworks (as vezes de forma heterogênea dentro do mesmo sistemas).
- Muitos sistemas com vários anos nas costas (as vezes décadas), eventualmente sem documentação ou mesmo conhecimento humano disponível na organização.
- Alto acoplamento e volume de integrações e interdependências entre os sistemas.
- Muitos casos de sistemas "missão crítica" ou que não podem ter interrupções de serviço acima de minutos ao longo do ano.
- Em muitos casos, volumes de processamento gigantescos, seja no on-line seja em processos batch (que sim, ainda existem em grande quantidade).
- Grande regulação via órgãos públicos e auditorias internas e externas.
Vale destacar também os números para os sistemas de core banking: claramente não é trivial mover essa camada para a cloud, creio que especialmente por conta da necessidade de rever as aplicações em si (afinal, boa parte ainda deve estar rodando em Cobol no Mainframe).
Abaixo o link para uma matéria sobre esse tema da Accenture: https://www.accenture.com/us-en/insights/banking/cloud-altimeter-volume-6-banks-navigate-cloud-flight-plan