Conversas de “One-on-One”: aqui está um tipo de reunião que deveria ter cada vez mais espaço nas agendas!
Hoje em dia conseguir um slot, recorrente e frequente, não é algo fácil, especialmente com tantos assuntos acontecendo ao mesmo tempo.
Ainda assim, é muito importante buscar essa disciplina para manter pontos de contato, alinhamento e sincronismo com o time.
Afinal, quando estamos falando de pessoas, existem alguns temas que merecem esse “investimento” para o desenvolvimento de relacionamento humano e integração com a equipe.
Vários pontos muito úteis nessa matéria da Harvard Business Review: https://hbr.org/2022/11/make-the-most-of-your-one-on-one-meetings
Agrego algumas dicas sobre uma agenda estruturada (ou pelo menos tentativa de). Sempre na linha de buscar tornar a liderança cada dia mais sênior e madura, dando espaço e delegando para que possam seguir crescendo. Vale também construir essa agenda em conjunto com o time:
1) – O que está indo bem: É uma ótima forma de garantir uma agenda positiva e reconhecer avanços e conquistas. Um ponto que surge frequentemente em pesquisas de IT é a falta de reconhecimento e “celebração”, aqui me parece um mecanismo para endereçar isso.
2) – Em quais temas eu posso ajudar: É um bom tópico para incluir os temas que não estão indo tão bem, alinhar pontos de vista e direcionadores estratégicos, além é claro, de prover suporte, orientação e ajuda efetiva para que os objetivos sejam alcançados.
3) – Quais são as prioridades do momento: a vida seria bem mais fácil de as prioridades fossem mais estáveis e previsíveis, mas no mundo real é bem comum que o “alvo seja móvel”. Então é importante buscar esse espaço de alinhamento de prioridades.
4) – Quais issues e riscos deveriam estar o radar: nem tudo ocorre sempre como o planejado e imprevistos podem (e infelizmente acabam por) acontecer. Mas verdade seja dita, em grande parte dos casos eles poderiam ter sido identificados de forma antecipada se tivesse sido dada a atenção devida aos pequenos indícios e pistas ao longo do caminho. Vale exercitar essa prática de antecipação.
5) – Criação de rapport: estamos falando de pessoas e trabalho em equipe, então e parece válido buscar criar laços de relacionamento e incluir alguns tópicos pessoais na conversa. Obviamente que a liberdade e abertura para tal varia de pessoa para pessoa e deve-se evitar ultrapassar qualquer linha que possa trazer desconforto, então vale ponderar o bom senso aqui.
Comento já há algum tempo que a “cultura de reuniões” é cada dia mais pesada na maior parte do mundo corporativo.
Mas não tenho nada contra o conceito em si, meu incômodo é usá-lo como se fosse a única ferramenta existente, como aquela máxima “para quem só sabe usar o martelo, todo problema é um prego”.
Aqui não é o caso, muito pelo contrário. One-on-One é fazer o melhor uso possível das reuniões enquanto “ferramenta”.