Nessa matéria da CIO Online algumas boas dicas quando da parceria com startups: https://www.cio.com/article/412993/5-pitfalls-to-avoid-when-partnering-with-startups.html
Acredito que esse tipo de parceria será cada dia mais natural daqui para frente!
Confesso que nunca trabalhei para uma startup (então não tenho o profundo conhecimento de como é essa cultura no dia a dia sob a perspectiva interna), mas ao longo dos últimos anos atuei ao lado de algumas sob a ótica de parceria, algo que permite capturar insights muito interessantes de como pensam e operam.
E inegavelmente existem diferenças "filosóficas" significativas, quando se compara com empresas grandes, tradicionais (com "porte" e já estabelecidas).
E acho que essas diferenças acabam sendo naturais pela própria concepção de cada qual:
Empresas tradicionais - Possuem um "legado" já estabelecidos. - Expectativas quanto aos seus resultados mais claras e rigidamente governadas pelo mercado e shareholders. - Limitação (de certa forma) do apetite ao risco e a predisposição a tentativa e falha. - Em geral atuam em mercado já estabelecidos e regulados, o que impõe ainda mais limitantes.
Startups - Em sua grande maioria nascem com a visão de tentar e eventualmente falhar o mais rapidamente possível (e assim tentar novamente o quanto antes). - Buscam aumentar rapidamente sua base de clientes apostando no potencial de monetização futura (por vezes não se preocupando com o resultado/eficiência operacional no curto prazo). - De largada o mercado e shareholders possuem expectativas e rigidez mais brandas quanto ao resultado de curto prazo. - Atuam em um outro patamar (bem mais alto) de apetite ao risco, afinal, em muitos casos o propósito delas é explorar oportunidades que são um risco por si só. - Atuam muitas vezes em nichos de mercado, se valendo de brechas da regulação ou mesmo funcionando como "agentes" dos próprios reguladores que as tratam como um mecanismo de aumento da competitividade do mercado.
Quando se considera as mudanças no mercado, com a redução da liquidez e do capital barato, entendo que as expectativas de resultados positivo se tornam cada vez mais antecipadas, assim como deve se reduzir em alguma escala a predisposição ao risco de falhar, o que deve então reduzir o gap cultural/conceitual entre empresas tradicionais e startups.