Nesse nosso cenário de transformação digital acelerada, a preocupação sobre o impacto das tecnologias emergentes nas dinâmicas de trabalho e inovação me parece ser uma discussão absolutamente válida.
No universo da Tecnologia da Informação, testemunhamos saltos exponenciais nos avanços das ferramentas de inteligência artificial, como evidenciado pelo desenvolvimento do ChatGPT 4, que, em um intervalo aproximado de seis meses, expandiu sua capacidade de processamento de 175 bilhões para 100 trilhões de parâmetros.
Isso faz pensar como estearemos daqui 3 ou 5 anos. Seguindo essa escala exponencial eu sequer sei dizer qual a escala numérica em que estaremos daqui a alguns anos!
Nesse sentido, estamos entrando uma era na qual a unidade de medida da capacidade de processamento e inovação tecnológica está em constante redefinição e essa incerteza quanto à escala futura da capacidade tecnológica reflete o ritmo vertiginoso do progresso no setor de TI.
Ao mesmo tempo, a história da sociedade e da tecnologia tem mostrado que profissões nascem e se extinguem em ciclos contínuos.
O surgimento de novas tecnologias frequentemente sinaliza o declínio de métodos e práticas anteriores. Contudo, a essência da evolução profissional reside na capacidade de adaptação e no uso das novas tecnologias como ferramentas para diferenciação no mercado.
Neste contexto, a frase "você não vai perder seu emprego para a IA, mas sim para alguém que sabe utilizar a IA melhor do que você" ressoa com profundidade.
Como profissional de TI com duas décadas de experiência, percebo que a chave para a sustentabilidade no setor não é apenas acompanhar, mas também liderar a integração da IA como um multiplicador de capacidades.
Dentro desse contexto achei interessante essa matéria da ComputerWorld: https://www.computerworld.com/article/3691231/qa-univ-of-phoenix-cio-says-chatbots-could-threaten-innovation.html
A posição da Universidade de Phoenix, articulada pelo seu CIO, sobre os chatbots potencialmente ameaçarem a inovação, catalisa uma reflexão importante.
Se por um lado o desenvolvimento de chatbots pode parecer uma ameaça ao pensamento inovador, por outro, oferece uma oportunidade para repensarmos a inovação como um processo complementado pela IA, e não substituído por ela.
O compromisso com a atualização contínua e o desenvolvimento de habilidades que transcendam a operação de ferramentas tecnológicas é um diferencial estratégico.
A tecnologia, incluindo a IA, deve ser encarada como uma extensão das capacidades humanas, e não como um substituto. O futuro pertencerá àqueles que souberem alavancar as ferramentas de IA para amplificar a criatividade, a inovação e a capacidade de resolução de problemas complexos.
Assim, mantenho minha visão sobre a importância de se adotar uma perspectiva de aprendizado contínuo e de inovação consciente, na qual a IA serve como um parceiro estratégico na jornada rumo a um futuro repleto de possibilidades que atualmente sequer somos capazes de imaginar.