Um tema que pode fazer sentido para muitos que venham a ler esse artigo, especialmente aqueles que trabalham em bancos e grandes organizações que fazem uso do mainframe e planejam migrar para outras plataformas, o que é explorado nessa matéria da CIO Online: https://www.cio.com/article/409249/cios-sharpen-their-mainframe-exit-strategies.html
Esse é um assunto o qual não me impacta diretamente na minha realidade profissional atual (ainda bem, afinal, já tenho várias outras preocupações para me manter bem ocupado!), mas até pela história da minha carreira (comecei no mundo de tecnologia a partir de um curso de Cobol, CICS e DB2), segue despertando um forte interesse pessoal em acompanhar como isso vai seguir se desenrolando!
Acho que não há dúvidas de que o futuro está na Cloud e a cada dia existem mais e mais opções e aceleradores para tal.
Mas ao mesmo tempo, como é bem apontado na matéria, migrar do mainframe para lá não é um passeio no parque.
A dificuldade cresce conforme a complexidade da plataforma/arquitetura de aplicações, especialmente nas grandes empresas com muito processamento, feito a partir de muitas aplicações, potencialmente com muitas integrações e acoplamentos profundos entre si desenvolvidos ao longo de muitos anos.
Muitas dessas integrações, acampamentos e suas regras de negócio possivelmente existentes sem o conhecimento de mais nenhuma pessoa ou documentação nas organizações (a vida como ela é).
Fora isso, achei muito legal o case apontado do FedEx, onde tiveram que rever as premissas de business case a cada quarter, afinal, as coisas acabam não saindo exatamente como o previsto.
Acho que variam bastante as expectativas de custo e esforço, pois conforme se avança na migração vão surgindo complexidades e interdependências não imaginadas de largada.
Ao mesmo tempo, qualquer um que coloca workloads na cloud percebe rapidamente que os custos de operação podem sair facilmente de controle se não houver um rígido controle e visão crítica.
Fora isso, acho que a própria oferta de mainframe via Cloud por parte da IBM deve também embaralhar ainda mais as cartas e complicar na hora de fazer contas e escolhas, afinal, existe ainda por cima a questão da necessidade de garantia de nível de serviço.
E o nível de serviço é, para muitas indústrias, um fator chave, afinal, não é uma decisão fácil virar a chave e sair de algo que se sabe que está funcionando e garantindo os serviços de pé e ir para algo que muito provavelmente necessitará de algum fine tuning até operar no mesmo nível de disponibilidade e performance (algo que me parece natural e esperado quando da mudança de plataforma).