É preciso aceitar que a cloud também pode ficar fora do ar

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O nível de serviço disponibilizado pelos provedores de cloud tende a ser (bem) superior à média usualmente encontrada em empresas com plataformas on premises, mas ainda assim não é imune a falhas, e exemplos disso aparecem de tempos em tempos, como é o caso da Oracle.

Em fevereiro, a Oracle Cloud Infrastructure (OCI) teve uma interrupção de mais de 48 horas, o que dificultou a usabilidade dos produtos da empresa nesse período, afetando a rotina de milhares de clientes ao redor do mundo com falhas em servidores e instâncias.

Fica, mais uma vez, claro que os serviços cloud não são imunes à falhas ou indisponibilidades. E isso tem que ser considerado como uma premissa de largada.

Por isso, é relevante pensar em arquiteturas de cloud híbrida, ou mesmo multicloud (embora para essa última muito tem sido dito e percebido quanto aos contras da complexidade de desenvolvimento e operação), ou mesmo explorar os demais recursos providos pelos próprios vendedores, com ressalvas de acordo com cada indústria e suas respectivas regulações.

Muitas empresas já foram para cloud, muitas outras já foram e resolveram voltar para on premises. Muitas ainda estão avaliando e decidindo o que fazer e no máximo avançaram com soluções de clouds internas ou híbridas.

Muitas apostaram no single sourcing e criaram soluções umbilicalmente “acopladas” com os serviços nativos providos pela plataforma cloud de sua escolha e capturaram valor por entregar soluções mais “simples” e com maior velocidade, além de também capturarem valor por eventuais acordos de “exclusividade” com o provedor cloud.

Outros apostaram em criar soluções mais “agnósticas” e assim promoveram a sua portabilidade e interoperabilidade entre provedores distintos em modelo multicloud, e por sua vez, capturam valor pela maior resiliência e poder de barganha ao ter mais de um provedor competindo pelo seu workload.

Ainda nesse sentido, sob a ótica do que virá pela frente, acho que vale colocar na equação as questões regulatórias (competitividade e abertura de mercado) e geopolíticas (disputas de grandes blocos quanto a soberania de dados e exigências de interconectividade e portabilidade).

Eu sou do time que acha que o mundo cloud amadureceu muito nos últimos 5 anos e não existe um modelo único “one size fits all”. Vai depender das particularidades, necessidades e contexto de cada organização.

Embora, para não ficar em cima do muro, eu sou mais favorável a ter um provedor prioritário e desenvolver utilizando seus recursos e serviço nativos.

E para você, qual a melhor estratégia e direcionamento de arquitetura, de acordo com o que temos hoje?

Matéria completa da Computerworld abaixo: https://www.networkworld.com/article/971943/oracle-outages-serve-as-warning-for-companies-relying-on-cloud-technology.html

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