A revolução do No & Low-code

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As plataformas e soluções de No & Low-code veem ganhando cada dia mais destaque na mídia e das empresas de tecnologia.

E nesse caso (diferentemente da hype do Metaverso), quando se fala com as pessoas no "real world", se percebe que é algo ganhando tração de verdade!

Enquanto plataforma tecnológica eu acredito que faz sentido em diversos casos de uso e traz benefícios reais para as organizações.

Mas como qualquer plataforma, é fundamental definir muito bem quais os cenários de uso que fazem sentido, assim como garantir algum nível de rigor mínimo quanto a arquitetura técnica a ser adotada.

Indo justamente nessa direção, recomendo a leitura desse artigo da Tech Republic, abordando justamente esse tópico, destacando algumas conclusões de um estudo da Microsoft sobre o tema:

https://www.techrepublic.com/article/microsoft-report-low-code-tools-lifeline-overburdened-it-teams/

Este artigo explora como essas ferramentas estão ajudando organizações a enfrentar pressões econômicas, compensar a escassez de pessoal, e acelerar a modernização de aplicações, ilustrando seu impacto através de dados e exemplos concretos.

Os impactos e resultados positivos das plataformas de No & Low-code

Em um período marcado por desafios econômicos e um crescente acúmulo de demandas de aplicativos, as ferramentas de low-code surgem como soluções poderosas para otimizar processos de TI e reduzir custos.

À medida que o crescimento global desacelera, conforme aponta o Fundo Monetário Internacional, as organizações enfrentam a necessidade imperativa de encontrar formas eficientes de cortar custos mantendo a qualidade e atendendo às demandas dos negócios e seus stakeholders.

Uma pesquisa realizada pela Edelman Assembly, encomendada pela Microsoft, com mais de 2.000 CIOs e profissionais de TI de diversos setores, revelou que as plataformas de low-code estão ajudando significativamente as equipes de TI a superar esses desafios.

As ferramentas de low-code, como Microsoft Power Platform, Appian, Mendix, OutSystems e Quickbase, têm se mostrado eficazes em reduzir custos ao acelerar a modernização de aplicações legadas e simplificar a integração de componentes pré-construídos.

Além disso, essas ferramentas ajudam a compensar a falta de profissionais de desenvolvimento, permitindo que funcionários não técnicos contribuam para o desenvolvimento de aplicações.

A incorporação de IA e automação às ferramentas de low-code tem potencializado ainda mais suas capacidades, facilitando o desenvolvimento de aplicações mais inteligentes e eficientes.

As ferramentas de low-code também contribuem para uma visão mais precisa dos dados ao centralizar as informações e reduzir duplicações, estabelecendo uma única fonte de verdade.

Isso permite a criação de soluções mais abrangentes e eficazes para os usuários finais.

Uma visão prática do tema

Na minha perspectiva pessoal, as ferramentas de low-code representam uma revolução na maneira como gerenciamos projetos de TI.

A capacidade de modernizar aplicações legadas de forma rápida e eficiente, sem depender exclusivamente de recursos de desenvolvimento especializados, é particularmente valiosa em tempos de restrições orçamentárias e escassez de talentos.

A integração de IA e automação nestas plataformas é uma vantagem competitiva que permite às organizações não apenas manter, mas também expandir suas capacidades operacionais com eficácia.

Existem vários cases reportados que atestam o valor que tais ferramentas podem oferecer em termos de eficiência e redução de custos operacionais.

Panorama geral no Brasil

Quais os prognósticos e desafios para as plataformas de No & Low-code aqui no Brasil?

Estive recentemente em alguns eventos sobre essas plataformas e achei as discussões muito boas.Vi um público engajada e com uma vibe muito positiva, assim como uma atmosfera “indie” do ecossistema de palestrantes e empresas.

Atendendo às minhas expectativas, vi discussões bem interessantes dos impactos de Generative AI no mundo Low-code.

Outra coisa que me chamou bastante atenção foi com a “demografia” da audiência: vi muita gente jovem!

Somando tudo (público jovem + crescimento exponencial com AI + ecossistema em ebulição), o saldo é bem positivo.

Ficou bem claro o quanto o low-code se desenvolveu no mundo e o quanto ainda há por ser percorrido no Brasil até fazermos um catch-up com o cenário global (embora já existam alguns cases locais bem parrudos).

Considerando o tamanho do público "enterprise" + plataformas cada dia mais maduras e sofisticadas + crescimento exponencial com AI + ecossistema cada dia maior, reforça a percepção geral de que esse tema veio para ficar e tem tudo para crescer muito aqui.

Eu acredito que o conceito e as tecnologias de No & Low-code vieram para ficar e terão cada vez mais relevância no mundo enterprise. Listo alguns poucos pontos como meu racional para isso:

  1. Há uma demanda crescente por soluções em tecnologia, isso basicamente em qualquer tipo de empresa, ou mesmo em quase qualquer setor dentro de uma empresa. E a concorrência faz com que a pressão por prazos seja igualmente crescente.
  2. Apesar dos cortes recentes nas big techs, o consenso é de que ainda temos mais demanda que oferta de profissionais de tecnologia, e o low-code tende a ampliar o espectro de profissionais habilitados para desenvolver soluções.
  3. É cada vez mais comum a adoção de conceitos como Fusion Teams, Citizen Developer e afins que buscam justamente aproximar (ou mesmo "fundir" a tecnologia com o negócio), o que tem tudo a ver com o tema.
  4. Mesmo nas empresas em que não ocorreu (ainda) essa fusão proposital entre business e IT, o fato é que a fluência em tecnologia por parte das pessoas "de negócios" é cada vez maior, até mesmo pela exposição crescente aos serviços digitais que qualquer pessoa já tem hoje em dia enquanto consumidor.
  5. Acredito que com o avanço exponencial de Generative AI a facilidade no uso de No / Lo-code tende a ser cada vez maior. Se o GitHub Copilot e soluções afins já estão transformando a realidade do mundo dos desenvolvedores "de TI", imagina o quanto essas plataformas de AI não farão em um mundo que já é para ser simplificado by design?

Mas ainda existem arestas a serem aparadas

De qualquer forma, também acho que nem tudo é tão simples assim e sigo com sérias dúvidas e indagações sobre como conciliar o desenvolvimento descentralizado nesse "mundo shadow IT" com as necessidades e requisitos de controle intrínsecos de IT do "mundo enterprise", como:

  • Controles e auditorias (como gestão de configuração e processos de homologação, deploy e configuração).
  • Gestão de obsolescência dos "ativos" de TI gerados via No / Lo-code. Tanto no nível das plataformas quanto no das soluções criadas dentro das plataformas (quando pertinente).
  • Gestão de disponibilidade e performance, desde o design das soluções até o acompanhamento e escala de uso em produção.
  • Gestão de incidentes e problemas, preferencialmente alinhado com a disponibilidade e performance em uma linha de SRE.Enfim, acho que é algo "recente" com suas arestas a serem aparadas, mas que já vem demonstrando o seu valor há algum tempo e tem tudo para crescer ainda mais em paralelo com as soluções Cloud e AI.

Modelo Operacional e a Importância dos Fusion Teams e Citizen Developers

Para capturar os benefícios integrais das plataformas No & Low-Code, é essencial que as organizações não apenas revisem seus modelos operacionais de TI, mas também considerem a dinâmica da organização como um todo.

Neste cenário, emergem os conceitos de "Fusion Teams" e "Citizen Developers".

Os "Fusion Teams" são equipes multidisciplinares que incluem membros com diferentes habilidades técnicas e de negócios, trabalhando juntos para desenvolver soluções de maneira ágil e inovadora.

Esta abordagem facilita a colaboração entre TI e outras áreas da empresa, acelerando a entrega de soluções que atendam às necessidades reais dos usuários finais.

Por outro lado, os "Citizen Developers", ou desenvolvedores cidadãos, são usuários não técnicos que utilizam plataformas No & Low-Code para criar ou ajustar aplicações.

Esses indivíduos podem trazer insights valiosos de suas áreas de expertise, promovendo inovações que refletem as necessidades específicas de seus domínios funcionais.

Governança e Manutenção de Padrões

À medida que as fronteiras entre os times de TI e negócios se tornam mais fluidas, a governança se torna um desafio crucial.

A governança no contexto das plataformas No & Low-Code deve garantir que:

  • Fronteiras entre os times: Definições claras de responsabilidade e autonomia são estabelecidas para evitar conflitos e redundâncias. É necessário determinar quais tarefas são apropriadas para os Citizen Developers e quais exigem a intervenção direta dos profissionais de TI.
  • Adesão aos padrões arquitetônicos: As soluções desenvolvidas devem seguir os padrões arquitetônicos estabelecidos para garantir integração, segurança e eficácia a longo prazo. Isto implica a criação de diretrizes que orientem os desenvolvedores cidadãos, assegurando que as aplicações se alinhem às estratégias de TI e aos objetivos de negócio mais amplos.
  • Cumprimento de normas de auditoria: Em indústrias altamente reguladas, é imprescindível que as soluções cumpram com as exigências legais e de compliance. Sistemas de monitoramento e revisão contínuos são fundamentais para assegurar que todas as aplicações estejam em conformidade com as regulamentações vigentes.

Desafios na Escala e Regulação

A magnitude do tamanho da organização e o nível de regulação do setor determinam a complexidade da implementação de plataformas No & Low-Code.

Não se trata apenas de implementar uma nova tecnologia, mas de entender profundamente as implicações dessa implementação em uma escala mais ampla.

Organizações maiores e mais regulamentadas necessitam de uma análise meticulosa antes de escalar o uso de tais tecnologias.

O planejamento deve considerar os impactos operacionais, os riscos de segurança, a integridade dos dados e a resiliência do sistema.

Além disso, é crucial desenvolver uma estratégia de capacitação e formação contínua para os desenvolvedores cidadãos, assegurando que as inovações sejam sustentáveis e alinhadas com os objetivos corporativos.

CIO Codex – No & Low-code

No contexto atual de transformação digital, as plataformas No & Low-code emergem como ferramentas revolucionárias, permitindo o rápido desenvolvimento de aplicativos com mínimo ou nenhum conhecimento técnico de codificação.

Este avanço representa uma democratização significativa da inovação tecnológica, tornando-a acessível a uma gama mais ampla de usuários e acelerando a capacidade das empresas de responderem às necessidades de mercado em constante mudança.

As plataformas No & Low-code são projetadas com interfaces intuitivas, arrastar-e-soltar, e funcionalidades pré-configuradas que permitem aos usuários empresariais, analistas de sistemas, e até mesmo aqueles sem experiência formal em programação, construir e implementar aplicações que suportem processos de negócios vitais.

Isso possibilita uma colaboração mais próxima entre as equipes de negócios e TI, onde os requisitos e as soluções podem ser rapidamente iterados e implementados sem os tradicionais gargalos de desenvolvimento de software.

Alguns conceitos e características se destacam nesse tema, como os apontados a seguir:

  • Agilidade no Desenvolvimento: Reduzem significativamente o tempo de desenvolvimento e lançamento de novas aplicações, permitindo que as empresas se adaptem e inovem rapidamente.
  • Redução de Custos: Diminuem a dependência de recursos de programação especializados, o que pode reduzir os custos de desenvolvimento e manutenção de software.
  • Empoderamento dos Usuários de Negócios: Conferem aos profissionais de negócios a capacidade de criar soluções personalizadas sem esperar pelo desenvolvimento de TI, o que resulta em maior eficiência operacional e satisfação do usuário.
  • Flexibilidade e Escalabilidade: As aplicações criadas podem ser facilmente ajustadas e escaladas conforme as necessidades do negócio evoluem, oferecendo uma grande flexibilidade operacional.
  • Inovação Incremental: Facilitam a inovação incremental e a experimentação, permitindo que as empresas testem novas ideias e abordagens com riscos e investimentos reduzidos.

As plataformas No & Low-code são especialmente valiosas em um ambiente de negócios onde a experiência do usuário final e a agilidade operacional são críticas.

Elas permitem que as organizações implementem rapidamente soluções para problemas emergentes, automatizem processos que antes eram manuais e caros, e aproveitem dados e análises para melhorar a tomada de decisão.

Contudo, é fundamental abordar o uso dessas plataformas com uma estratégia clara, garantindo que as soluções se alinhem com a arquitetura de TI global da organização e aderindo aos padrões de segurança e governança de dados.

O sucesso com No & Low-code requer uma parceria colaborativa entre negócios e TI, uma compreensão clara dos objetivos de negócios e uma abordagem de governança que assegure a qualidade e a sustentabilidade das soluções criadas.

Em resumo, as plataformas No & Low-code estão redefinindo o panorama do desenvolvimento de software, trazendo uma nova era de agilidade e inovação que está ao alcance de todas as empresas, independentemente do tamanho ou do setor de atuação.

Elas não são apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para empresas focadas em manter a competitividade e alcançar a excelência operacional na economia digital de hoje.

Evolução Cronológica

A trajetória de No & Low-code é marcada por desenvolvimentos significativos que refletem as mudanças nas demandas tecnológicas e empresariais.

A seguir é apresentada uma visão detalhada da evolução cronológica de No & Low-code, desde suas origens conceituais até as inovações mais recentes, ilustrando como essas tecnologias revolucionaram a infraestrutura de TI nas organizações.

As plataformas No & Low-code continuam a evoluir, respondendo tanto às oportunidades tecnológicas quanto aos desafios operacionais.

À medida que novas tecnologias emergem e os custos de infraestrutura flutuam, as estratégias de TI devem permanecer ágeis e adaptativas.

A capacidade de uma organização de se adaptar eficientemente será crucial para manter a competitividade e a inovação em um ambiente empresarial que é, por natureza, volátil e em constante evolução.

1) – As Origens dos Ambientes de Desenvolvimento Visual (Anos 1980 – 2000)

  • Primeiros Avanços: Nos anos 1980 e 1990, os primeiros ambientes de desenvolvimento visual, como o Visual Basic da Microsoft, permitiram aos desenvolvedores criar aplicações através de interfaces gráficas. Estas ferramentas começaram a democratizar o desenvolvimento de software, permitindo que usuários com pouco conhecimento técnico pudessem criar aplicações básicas.
  • IDE e RAD: As Integrated Development Environments (IDEs) e ferramentas de Rapid Application Development (RAD) emergiram como precursoras das plataformas No & Low-code, oferecendo formas mais rápidas e visuais de desenvolver software. Ferramentas como Delphi e PowerBuilder exemplificavam essa tendência, facilitando o desenvolvimento de aplicações empresariais.

2) – A Emergência das Plataformas Low-code (Anos 2000 – 2010)

  • Automatização de Processos: Durante os anos 2000, a necessidade de automatização de processos empresariais impulsionou o desenvolvimento de ferramentas de BPM (Business Process Management). Estas plataformas começaram a integrar funcionalidades de desenvolvimento Low-code, permitindo a criação de workflows e aplicações sem a necessidade de codificação extensiva.
  • Primeiras Plataformas Low-code: As primeiras plataformas Low-code começaram a surgir, focando em acelerar o desenvolvimento de aplicações empresariais. Ferramentas como OutSystems e Mendix permitiram que desenvolvedores criassem aplicações complexas de forma mais rápida e eficiente, utilizando componentes pré-construídos e interfaces visuais.

3) – A Popularização e Expansão do Low-code e No-code (Anos 2010 – 2020)

  • Democratização do Desenvolvimento: Nos anos 2010, a democratização do desenvolvimento de software ganhou força com o surgimento de plataformas No-code, que permitiram a usuários não técnicos criar aplicações completas. Ferramentas como Bubble, Airtable e Zapier exemplificaram essa tendência, capacitando usuários de negócios a desenvolver soluções sem escrever uma linha de código.
  • Adesão Empresarial: Grandes empresas começaram a adotar plataformas Low-code e No-code para acelerar a transformação digital. Ferramentas como Microsoft PowerApps e Google App Maker permitiram a criação rápida de aplicações internas, facilitando a automação de processos e a integração de sistemas legados.

4) – Integração com Tecnologias Emergentes (2020 – Presente)

  • Inteligência Artificial e Automação: Com a integração de IA e automação, as plataformas No & Low-code começaram a oferecer capacidades avançadas. Ferramentas como o Microsoft Power Automate e o Appian integraram funcionalidades de machine learning e automação de processos robóticos (RPA), permitindo a criação de soluções inteligentes e adaptativas.
  • Expansão do Ecossistema: O ecossistema de No & Low-code expandiu-se para incluir uma ampla gama de soluções, desde criação de sites até automação de fluxos de trabalho complexos. Plataformas como Webflow para design de websites e Integromat para automação de processos exemplificam essa diversidade, oferecendo capacidades especializadas para diferentes necessidades empresariais.
  • Segurança e Governança: À medida que a adoção dessas plataformas aumentou, a segurança e a governança tornaram-se áreas de foco. Ferramentas começaram a incorporar controles de segurança robustos, autenticação e autorização avançadas, e conformidade regulatória para garantir que as aplicações desenvolvidas estivessem seguras e em conformidade com as políticas corporativas.

5) – O Futuro de No & Low-code

  • Hiperautomação: O conceito de hiperautomação, que envolve a utilização combinada de múltiplas tecnologias de automação, está emergindo como uma tendência chave. As plataformas No & Low-code estão sendo integradas com RPA, IA e machine learning para criar soluções altamente automatizadas e inteligentes.
  • Desenvolvimento Cidadão: O desenvolvimento cidadão, onde usuários de negócios criam aplicações para atender às suas próprias necessidades, está se tornando cada vez mais comum. As empresas estão adotando estratégias para apoiar e governar esses desenvolvedores cidadãos, fornecendo ferramentas e treinamentos para garantir a qualidade e segurança das soluções criadas.
  • Inovação Contínua: À medida que as tecnologias evoluem, as plataformas No & Low-code continuarão a inovar, incorporando novas capacidades e melhorando a experiência do usuário. A capacidade de integrar facilmente com outras tecnologias emergentes e adaptar-se às necessidades empresariais dinâmicas será crucial para o sucesso contínuo dessas plataformas.

Em suma, a evolução de No & Low-code tem sido uma jornada de transformação contínua, marcada por avanços tecnológicos significativos e desafios complexos.

À medida que essas tecnologias continuam a se desenvolver, elas prometem transformar ainda mais a forma como as organizações operam, oferecendo novos insights e oportunidades para inovação.

As plataformas No & Low-code emergem como catalisadoras fundamentais na democratização do desenvolvimento de software, permitindo que usuários sem conhecimento técnico profundo em programação possam criar e implementar aplicações, contudo, essa inovação não está isenta de desafios.

A seguir são explorados alguns dos principais desafios atuais:

Complexidade de Integração

  • Enquanto as plataformas No & Low-code prometem simplicidade, integrá-las a sistemas existentes pode ser complexo, especialmente se esses sistemas são legados ou altamente personalizados.
  • Estratégias como o uso de APIs bem documentadas e a adoção de práticas de arquitetura orientada a serviços (SOA) podem facilitar a integração.

Governança e Compliance

  • Com a facilidade de criar aplicações, surge o risco de proliferação descontrolada de software, o que pode levar a problemas de governança de TI e desafios de compliance.
  • Implementação de políticas de governança de TI robustas e auditorias regulares para garantir que as aplicações estejam em conformidade com os regulamentos internos e externos.

Escalabilidade e Capacity

  • Aplicações desenvolvidas em plataformas No & Low-code podem não atender aos requisitos de escalabilidade para uso em larga escala.
  • Monitoramento constante do comportamento das aplicações e avaliação da escalabilidade para assegurar que elas possam crescer com a demanda.

Customização Limitada

  • Estas plataformas podem ser limitantes para desenvolvedores que buscam personalizações avançadas ou funcionalidades específicas que vão além dos templates pré-definidos.
  • Criação de extensões personalizadas ou plugins que permitem maior flexibilidade sem comprometer a facilidade de uso.

Dependência de Fornecedores

  • O uso extensivo de plataformas No & Low-code pode levar a uma dependência significativa dos fornecedores, dificultando a migração para outras soluções no futuro.
  • Adoção de uma abordagem de plataforma aberta, que permita exportar o código gerado e reduzir a dependência de fornecedores específicos.

Segurança de Dados

  • A proteção de dados em aplicações criadas por usuários não técnicos pode ser subestimada, criando vulnerabilidades potenciais.
  • Fortalecimento das políticas de segurança de dados e criptografia, além de formação contínua dos usuários em aspectos de segurança.

Capacitação de Usuários

  • Há uma necessidade contínua de treinar os usuários de negócios nas melhores práticas de design e desenvolvimento para maximizar a eficácia das ferramentas No & Low-code.
  • Programas de treinamento contínuo e recursos educacionais para habilitar os usuários a utilizar as plataformas No & Low-code de maneira eficaz e segura.

Organização Agile

  • A implementação de uma organização ágil é crucial para a adaptação rápida às mudanças do mercado e para o alinhamento das operações de TI com os objetivos de negócios.
  • A agilidade permite uma resposta mais rápida e eficiente, facilitando a integração de novas tecnologias e práticas, como as soluções No & Low-code, dentro de uma estrutura controlada e gerenciável.

Acoplamento/Desacoplamento de Sistemas

  • A harmonização eficaz dos sistemas de canais e os sistemas core/back-end envolve o acoplamento e desacoplamento estratégico desses componentes.
  • Isso permite uma integração fluida e segura, onde os sistemas core permanecem protegidos enquanto os sistemas de canais podem ser mais flexíveis e adaptáveis às necessidades emergentes.

Organização e Responsabilidade sobre Sistemas Complexos

  • A definição clara de organização e responsabilidade sobre sistemas complexos ou de missão crítica é vital.
  • Isso inclui a designação de equipes específicas para gerenciar essas plataformas, garantindo que todos os aspectos, desde a segurança até a manutenção, estejam sob supervisão competente.

Team Topology e Estruturação de Equipes

  • A topologia de equipe influencia diretamente a eficácia com que as organizações podem implementar e gerenciar soluções No & Low-code.
  • Estruturar equipes para maximizar a comunicação, colaboração e eficiência é essencial para manter a integridade e a segurança das operações de TI.

Gestão e Governança da Visão de Enterprise Architecture

  • Uma visão clara e bem gerida de enterprise architecture é crucial para a integração bem-sucedida das soluções No & Low-code.
  • Isso envolve o desenvolvimento de um plano abrangente que coordene todas as facetas da arquitetura de TI, desde sistemas legados até novas implementações.

Aceleradores, Padrões, Framework e Guard-Rails Arquitetônicos

  • A utilização de aceleradores, padrões, frameworks e guard-rails arquitetônicos ajuda a garantir que as soluções No & Low-code sejam desenvolvidas e implementadas de forma segura e eficaz.
  • Estes instrumentos fornecem as diretrizes necessárias para manter a consistência e a conformidade em toda a arquitetura de TI.

Gestão e Governança da Qualidade, Produtividade, Reusabilidade e Manutenibilidade

  • A qualidade, produtividade, reusabilidade e manutenibilidade dos sistemas de TI devem ser rigorosamente gerenciadas para garantir que as soluções No & Low-code se integrem sem problemas ao ecossistema existente.
  • Isso inclui a implementação de práticas de governança que assegurem a manutenção desses padrões.

Pipelines DevSecOps e Rastreabilidade das Mudanças e Assets

  • Integrar pipelines DevSecOps para automatizar e securizar a entrega de software é essencial.
  • A rastreabilidade das mudanças e dos assets garante que todas as alterações sejam documentadas e revisadas, minimizando o risco de erros ou brechas de segurança.

Segurança e Privacidade

  • A segurança e a privacidade são, talvez, os aspectos mais críticos da implementação de soluções No & Low-code.
  • A política de harmonização deve incluir estratégias robustas para proteger dados e infraestruturas contra acessos não autorizados e violações.

Monitoramento e Telemetria

  • O monitoramento contínuo e a telemetria são fundamentais para entender o desempenho e a saúde dos sistemas de TI.
  • Essas práticas ajudam a identificar e resolver proativamente problemas antes que eles afetem as operações.

Gestão da Disponibilidade, Performance e Resiliência

  • Manter a alta disponibilidade, performance e resiliência dos sistemas de TI é crucial para qualquer organização.
  • A política de harmonização deve focar na otimização desses aspectos para garantir uma experiência de usuário consistente e confiável.

Governança Técnica e FinOps de Recursos On-Premises e Cloud

  • Finalmente, a governança técnica e a gestão financeira (FinOps) de recursos on-premises e na nuvem devem ser meticulosamente planejadas.
  • Isso inclui o monitoramento de custos e o uso eficiente dos recursos para maximizar o retorno sobre o investimento.

Esses desafios exigem uma abordagem holística que combine as facilidades de criação rápida de aplicações com práticas rigorosas de TI para assegurar que a adoção de No & Low-code promova inovação sem comprometer a robustez e a segurança dos ambientes de TI corporativos.

Concluindo

As ferramentas de low-code estão redefinindo as práticas de TI, permitindo que as organizações sejam mais ágeis, custo-efetivas e inovadoras.

A capacidade de responder rapidamente às mudanças do mercado, enquanto se reduz os custos e se aumenta a eficiência do desenvolvedor, posiciona as ferramentas de low-code como elementos essenciais na infraestrutura de TI moderna.

Para organizações que buscam melhorar a eficiência, reduzir custos e otimizar insights de dados, a adoção de tecnologia low-code aparece como uma solução convincente.

Ao considerar a adoção dessas tecnologias, é crucial avaliar as ferramentas disponíveis, priorizar aquelas que incorporam capacidades de IA e automação e utilizar essas ferramentas para modernizar aplicações legadas e superar a escassez de desenvolvedores, garantindo assim que as operações de TI permaneçam robustas e alinhadas com as necessidades empresariais contemporâneas.

A adoção de plataformas No & Low-Code é uma estratégia que promete transformar o panorama de desenvolvimento de TI nas organizações.

No entanto, para que essa transformação seja bem-sucedida, é imperativo que as empresas adotem uma abordagem holística que transcenda a tecnologia.

A implementação efetiva requer um modelo operacional adaptado que promova a integração entre TI e outras áreas de negócio, estabelecendo os "Fusion Teams" e capacitando os "Citizen Developers".

Além disso, uma governança robusta e a observância rigorosa de padrões arquitetônicos e regulatórios são essenciais para garantir que as soluções desenvolvidas sejam não apenas inovadoras, mas também seguras, confiáveis e em conformidade com as exigências do setor.

Portanto, enquanto as plataformas No & Low-Code oferecem um potencial significativo para agilizar o desenvolvimento e reduzir custos, a verdadeira medida de seu sucesso residirá na capacidade das organizações de alinhar essas tecnologias com uma estratégia corporativa bem definida e uma infraestrutura de governança sólida.

Ao fazê-lo, as empresas não apenas otimizarão seus processos e melhorarão a colaboração interna, mas também se posicionarão de forma competitiva em um mercado cada vez mais baseado em agilidade e inovação digital.

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