Bias, discriminação e afins não são temas que costumo abordar nos posts, mas me deparei com uma análise primorosa sobre o tema que me chamou a atenção pela sua objetividade e como o raciocínio foi bem estruturado.
Curiosamente veio a partir de um economista (eu esperaria análises do gênero a partir de psicólogos ou sociólogos), que foi muito feliz em expor a dualidade das coisas.
O texto, disponível no site do MIT Sloan School of Management, conta a história do diretor do laboratório de economia da universidade que, como um homem asiático vivendo nos Estados Unidos, foi alvo de preconceito nas décadas de 60 e 70, começou a perceber que outros grupos de pessoas também passavam por situações de similares e se interessou por estudar as origens da discriminação em sua comunidade. Ao mesmo tempo, reconhece que essa mesma sociedade permitiu que ele e sua família pudessem prosperar dentro do "American Dream".
Nessa mesma linha de dualidade, o estudo consegue demonstrar o quanto a "inteligência coletiva" é capaz de trazer avanços incríveis para a sociedade, como tecnologia, qualidade de vida, saúde e bem-estar.
Ao mesmo tempo o próprio avanço tecnológico pode estar nos levado à tomadas de decisões "de manada", interferindo nas relações, trazendo polarização da política, na formação de grupos e, infelizmente, na eventual formação de discriminação.
E de certa forma, isso foi acelerado e influenciado pelo uso das redes sociais, dividindo a sociedade, onde as pessoas seguem as suas respectivas multidões e "caixas de eco".
Ficou a mensagem de que é preciso evoluir na utilização da nossa "inteligência coletiva" para pensarmos juntos em melhores soluções para os problemas que enfrentamos enquanto sociedade.
Indico o conteúdo completo para uma visão mais ampla do assunto (com outros links com ainda mais detalhes dentro da matéria): https://mitsloan.mit.edu/ideas-made-to-matter/lets-choose-collective-intelligence-over-madness-mobs