Agora já no novo ano que se iniciou (e que 2024 seja sensacional), mas com um assunto que segue sendo um drama universal ao longo dos anos: Débito Técnico!
Compartilho mais uma matéria muito boa do CIO Online:
https://www.cio.com/article/472768/5-tips-for-tackling-technical-debt.html
E mantendo o hábito, deixo aqui meus insights sobre o tema:
- É uma inevitabilidade do mundo tecnológico: creio que toda e qualquer ferramenta ou tecnologia possui seu ciclo de vida natural e cedo ou tarde se torna obsoleta e/ou sem suporte, assim como soluções são mantidas e evoluídas por seres humanos (que inevitavelmente vão em algum momento falhar nesse processo, especialmente ao longo do tempo, quando se fala na escala de anos ou décadas).
- Mostra uma tendência de aumento de criticidade: em dois grandes vetores de aumento da criticidade a cada dia, primeiro que as arquiteturas de soluções se mostram cada dia mais complexas, com mais peças e camadas (e consequentemente com mais componentes e tecnologias que se tornarão obsoletas ou sem suporte). Em segundo, as novas tecnologias e ferramentas "digitais" parecem ter um ciclo de vida cada vez mais acelerado (Angular, essa aqui é para você!), exigindo ainda mais atenção e esforços de atualização.
- Uma boa arquitetura ameniza a dor: uma solução bem arquitetada desde a sua concepção tende a facilitar as futuras manutenções e evoluções, assim como a cultura de engenharia e o modelo operacional que determina quem, quando e como se dá o processo de criação, manutenção e evolução das soluções ajudam muito a fomentar um mindset de qualidade que reduz a chances de débito técnico e obsolescência (assim como pode perfeitamente funcionar no sentido contrário e levar a inviabilidade das soluções).
- A liderança possui papel fundamental: seja na implementação e disciplina na gestão do débito técnico e obsolescência, seja na promoção e exemplo de cultura de engenharia e qualidade. Não se pode esquecer também a importância de comunicar e evangelizar a organização na importância do tema, afinal, existe o impacto direto no risco de continuidade do próprio negócio. Aqui acho importante considerar que não há por que ter "vergonha" ou se sentir culpado pela necessidade de provisionar recursos para o tema, pois como comento no item 1, é uma inevitabilidade e precisa ser considerado no planejamento.
- Deve ser considerada quando da análise de make, buy or subscribe: quando da definição das tecnologias e arquitetura de uma nova solução, faz todo sentido considerar na equação a expectativa de obsolescência das tecnologias. Essa questão deve ter mais relevância conforme a organização amadurece e se sofisticando, pois o lado econômico possui cada vez mais peso no dia a dia das empresas. Vale considerar esse aspecto quando da avaliação e comparação do business case de se utilizar soluções de terceiros (compradas ou por subscrição) quando esse esforço e custo for de responsabilidade do fornecedor.