Como fazer um melhor uso dos recursos de desenvolvimento de sistemas, priorizando aquilo que efetivamente traz mais valor para organização?
Essa questão foi muito bem abordada nessa matéria da McKinsey: https://www.mckinsey.com/capabilities/people-and-organizational-performance/our-insights/in-pursuit-of-value-not-work
Considero esse tema inevitável em qualquer organização que passe a escalar o uso do modelo ágil.
Quando se uso o modelo tradicional waterfall/iterfall, a própria visão projetizada, com toda a sua lógica de priorização embutida. É bem verdade que se têm algum nível de burocracia esperada ao longo do processo de discussão em comitês de análise e priorização até se definir efetivamente quais projetos devem ser feitos.
O modelo ágil tem todos seus méritos e qualidades de encurtar caminhos entre a ideia e a execução justamente ao dar mais autonomia aos PMs/POs em definir e priorizar o que será feito.
Mas como muito bem disse o Tio Ben, "grandes poderes trazem grandes responsabilidades".
E aí é que se incorre no risco muito bem apontado aqui de se priorizar coisas eventualmente não tão importantes, eventualmente por se dar essa atribuição de visioning da organização a um grupo de pessoas que podem estar vislumbrando apenas a próxima sprint ou PI, e não os objetivos de médio e longo prazo.
E isso pode levar a apenas manter os times ocupados trabalhando, mas sem efetivamente construindo aquilo que de fato vai diferenciar ou gerar valor.