Quanta inovação e tecnologia existe no polo tecnológico de São José dos Campos, com muitos avanços incríveis no mundo da ciência aeroespacial e de defesa.
Tive o prazer de visitar a região e pude conhecer a quantidade de tecnologia e respectivo valor agregado em soluções de hardware e software que é criada aqui no Brasil nesse segmento, em uma empresa de soluções aeroespaciais e de defesa.
Para ter uma noção, tentem imaginar o quanto é preciso de avanço e precisão para criar sensores e controladores que permitam que foguetes façam voos autônomos de algumas centenas de quilômetros. Nas fotos uma dessas "caixinhas mágicas" controladoras de voo.
Foi bem interessante ver as diferenças e desafios adicionais que existem para criar esse tipo de solução, que além dos aspectos “digitais”, possuem todo um lado “analógico” para ser tratado e considerado nos algoritmos (eles precisam considerar o magnetismo e rotação da Terra, vibração e intempéries no foguetes, ou mesmo interferências e falhas na transmissão de dados por questões atmosféricas ou interferência solar).
Foi igualmente muito legal poder ver de perto um caça AMX, que eu sempre gostei e por alguma razão acompanhei quando criança por conta da história de cooperação com a Itália no desenvolvimento dele!
Refletindo sobre esse tour, pensei sobre o fato de que temos o hábito de comentar sobre o vale do silício, os ecossistemas de fintechs e por aí vai.
Mas muitas vezes deixamos passar batido um ecossistema de tecnologia e inovação que já existe há algumas décadas aqui pertinho, em São José dos Campos!
Embraer, INPE, Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA além de uma enorme quantidade de empresas, laboratórios e "startups" envolvidas em toda a cadeia de valor aeroespacial floresceram e seguem crescendo por lá.
Fiquei impressionado e orgulhoso por ver com meus próprios olhos que existe sim espaço para inovação e tecnologia de ponta também aqui no nosso Brasil!
E apenas por curiosidade, dado o próprio tema aeroespacial, deixo aqui o link para um posto que havia feito há algum tempo atrás sobre uma análise da própria @McKinsey sobre o tamanho do mercado que existe nessa área e o enorme salto comercial dados nas últimas décadas nesse mercado:
"The costs for heavy launches in low-Earth orbit (LEO) have fallen from $65,000 per kilogram to $1,500 per kilogram (in 2021 dollars)—a greater than 95 percent decrease".