Bancarização do mercado brasileiro

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Qual o nível de bancarização da sociedade brasileira?

Eu tinha a impressão de que era “intermediário” e essa matéria da idwall confirmou em partes a minha percepção:

Contas bancárias passam de 5 por brasileiro e PIX aumenta digitalização 

Mas apesar do nível “intermediário”, me chamou a atenção os dois “extremos” apontados:

1) De um lado do “extremo”, temos uma população bancarizada cada dia com mais opções de escolha, vide o número médio de 5,2 Contas/Pessoa.

E esse número de 5,2 é uma média simples dividindo o total de contas correntes (quase 1 bilhão) pelo total de CPFs (quase 200 milhões), ou seja, não faz qualquer ponderação ou consideração sobre a parcela da população que por uma questão etária se imagina que nem pensa ainda em ter conta, como as crianças.

Se fosse considerada apenas a parcela da população a qual seria esperado ser bancarizada (não sei dizer qual a proporção ou critérios para definir isso), a média de Contas/Pessoa seria ainda maior!

E esse número foi impulsionado (positivamente) pelo Pix, que mudou os hábitos de pagamentos do brasileiro para um modelo digital que exige ter alguma conta corrente.

Assim como, não pode ser colocado em segundo plano, o impacto por conta dos Bancos Digitais, que surgiram em (e seguem surgindo) para trazer competitividade ao mercado brasileiro e, até pela sua estratégia de negócio que prevê a conquista de uma base sólida de clientes/usuários, mudaram o paradigma de facilidade em se abrir uma conta corrente.

Nesse sentido, minha própria experiência pessoal no mundo real, por exemplo na fila do mercado ou em alguma loja, quando vejo a pessoa da frente pagando, é cada dia mais comum que seja com um cartão de um banco digital, e não apenas dos bancos tradicionais.

Ainda sobre Bancos Digitais, apesar de terem avançado muito na aquisição de correntistas, segue o desafio de monetização e rentabilização sobre essa base enorme de clientes.

2) E do outro lado do “extremo”, vemos uma parcela ainda muito expressiva de quase 40% da população que ainda é desbancarizada!

E a própria matéria indica que já foi pior, pois cerca de 9 milhões de pessoas abriram contas recentemente para usarem o Pix. Aqui o cálculo é feito sobre a “população ativa” brasileira, ou seja, não está sobre a mesma base dos quase 200 milhões de CPFs, é apenas uma parcela disso.

Eu particularmente não imaginava que a quantidade de pessoas desbancarizadas ainda fosse tão alto no Brasil.

Penso eu que era de se esperar um número acima de 60% de bancarização com o avanço dos Bancos Digitais (e a facilidade de abertura de contas), do acesso à Internet (acima de 80% das pessoas), e o próprio acesso à tecnologia (com mais de 90% da população tendo smartphone).

Gostaria de ver número de outros países, tanto Latam quanto em geografias mais e menos desenvolvidas que a nossa, apenas para ter alguma ideia de o quanto já avançamos e o quanto ainda podemos avançar.

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