A jornada de migração do mainframe para outras plataformas

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E pensar que eu iniciei a minha carreira em IT programando na plataforma Mainframe e ouvindo desde então que ela estava prestes a morrer!

Já se foram 20 anos e ela segue com a "morte anunciada", mas ao mesmo tempo com exemplos empíricos que mostram que isso ainda deve levar longos anos.

Há algum tempo comentei que é bem possível que ela siga viva (mesmo que não com a mesma relevância) até mesmo quando chegar a minha aposentadoria em um futuro (espero eu que de longo prazo).

Matérias como essa da CIO Online e os avanços em interoperabilidade da plataforma Mainframe com workloads cloud mostram que isso fica cada dia mais provável: https://www.cio.com/article/463987/delta-takes-off-with-modernized-blend-of-mainframes-and-cloud.html

É de se admirar a flexibilidade e adaptabilidade que o Mainframe vem demonstrando ao longo de quase 60 anos de vida, se modernizando inclusive para abraçar AI e Cloud.

Fico pensando em como seria o mercado e a competitividade entre as plataformas (mainframe versus distributed versus cloud) em uma realidade paralela em que os custos do mundo Mainframe fossem mais baixos, uma vez que grande parte das intenções e iniciativas de saída do mainframe apontam como motivador principal o desejo de reduzir custos.

Ao longo dessas décadas o Mainframe já encarou diversos concorrentes, mas os seus diferenciais de escalabilidade, resiliência e segurança (dentre outros) compensaram o custo de operação, de forma que tentativas de migração para outras plataformas falhavam por não haver paralelo técnico ou econômico.

Mas hoje em dia, temos a evolução do universo Cloud e em paralelo se vê avanços em utilizar Gen AI na migração de soluções Cobol para Java.

Ou seja, os ataques de disrupção estão vindo por todos os lados e parece que dessa vez o Mainframe finalmente encontrou um concorrente a altura.

De qualquer forma, o caminho de saída do mainframe não é um passeio no parque e a dificuldade cresce conforme a complexidade da plataforma/arquitetura de aplicações, especialmente nas grandes empresas com muito processamento, muitas aplicações, muitas integrações entre si desenvolvidos ao longo de muitos anos (as vezes décadas).

Muitas das integrações e regras de negócio existem sem o conhecimento de mais nenhuma pessoa ou documentação nas organizações e conforme se avança no processo de migração e vai se descobrindo essa complexidade oculta ou desconhecida, a realidade vai se descolando do business case original.

Ao mesmo tempo, qualquer um que coloca workloads na cloud percebe rapidamente que os custos de operação podem sair facilmente de controle se não houver um rígido controle e visão crítica.

E por fim, o nível de serviço é para muitas indústrias um fator chave e não é uma decisão fácil virar a chave e sair de algo que se sabe que está funcionando e ir para algo que muito provavelmente necessitará de algum fine tuning até operar no mesmo nível de disponibilidade e performance.

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