Multivendor em TI

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Qual será o futuro do outsourcing em IT?

Li esses dias essa matéria da CIO sobre ambientes multivendor: https://www.cio.com/article/465212/4-hard-truths-of-multivendor-outsourcing.html

Achei os pontos válidos, mas acabei desviando o pensamento para o próprio “Outsourcing” em si, sob uma ótica estratégica.

O outsourcing varia de “intensidade” de acordo com o tipo de skill ou competência em IT.

Para algumas competências o outsourcing é “no brainer”, já para outras, dada a criticidade em termos de segurança ou diferenciação dos negócios, recursos internos são mais usuais.

No ciclo de desenvolvimento de SW, onde há o maior volume de recursos humanos, é muito improvável que se tenha todas as pessoas internamente (considerando skills e capacity), especialmente nas grandes empresas com o outsourcing sendo bem usual, nas suas diversas variações.

Há uns 10 ou 15 anos atrás houve uma era de grandes contratos de BPO, onde áreas inteiras de desenvolvimento eram geridas externamente.

Um pouco antes disso, a solução mais comum era o uso de fábricas de SW, com foco principal nas etapas de codificação e teste unitário.

Sempre tivemos também os projetos fechados em waterfall, onde era gerada a "especificação" e daí para frente o que acontecia por trás das cortinas era problema da contratada.

Os timelines eram de meses ou anos para as entregas e havia uma boa margem de manobra para solucionar os eventuais gaps de skills e capacity.

Mas com a adoção massiva do Agile muita coisa mudou. O timeline passou a ser de dias e semanas e a margem de manobra ficou muito menor.

O padrão passou a ser times alocados em full time e a se ter uma "capacidade instalada" padrão com os skills usuais nessas “squads”.

Mudou também a forma de lidar com os sistemas e serviços, com uma visão de "produto", o que reforçou a necessidade de times perenes cuidando e evoluindo os sistemas.

Com isso mudou a proporção média de "funcionários X terceiros". Na bancária acho realista pensar que se saiu de algo na casa de 20-50% para algo entre 40-70% de funcionários.

Soma-se a isso a onda de transformação digital, que aumentou a atração e retenção de talentos internos.

Mas mesmo com o aumento dos funcionários, ainda assim se manteve a necessidade de contar com parceiros confiáveis na complementação das equipes.

Além de alguns projetos (mesmo que em um volume menor) para os quais se manteve o sourcing externo.

Agora olhando para o futuro, fico pensando sobre como serão as coisas.

Dado o caráter pendular da história e o fato de que nos últimos meses têm se falado e buscado cada vez mais a "eficiência operacional", e o prognóstico econômico global leva a crer que será ainda mais importante nos próximos anos.

Não descarto alguma revisão na proporção de funcionários e terceiros e um consequentemente aumento da necessidade de se criar e manter parcerias com provedores de serviços, ou mesmo uma retomada de projetos fechados, ainda que atualizados para o mundo Agile.

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