Débito Técnico: um drama global

O caso recente da Southwest escancara o drama de protelar a resolução de débito técnico e ir convivendo indefinidamente com soluções obsoletas. Uma hora a coisa pode colapsar!

Software (e as soluções tecnológicas de forma mais ampla) possuem seu ciclo de vida “natural”:

1) – São planejadas, a partir da avaliação do “porquê” são necessárias, quanto custarão e quanto tempo levarão para estar no ar

2) – Depois são desenhadas, considerando o “o que” efetivamente será feito, se refinando o “como” serão feitas.

3) – Então são implementados e colocadas no ar.

4) – O uso real mostra que existe espaço para melhorias, então são evoluídas.

5) – Erros vão sendo identificados e atualizações tecnológicas vão sendo requeridas ao longo da sua sustentação.

6) – E por fim, quando a sua capacidade de atender as necessidades do negócio, assim como a sua capacidade de receber atualizações, evoluções e correções se reduz ou se mostra inviável técnica ou economicamente falando, ela a solução é decomissionada enquanto se reinicia o ciclo.

Não aceitar ou considerar que esse ciclo de vida existe trará consequências negativas inevitáveis.

A qualidade e atenção despendida entre o planejamento, desenho, implementação e sustentação vão ajudar a aumentar o ciclo de vida, mas ainda assim, existirão fatores fora do controle da equipe que ainda assim impactam e definem o tempo de vida (como obsolescência e suporte de linguagens, middleware, hardware e outros eventuais serviços interconectados).

Arthur De Santis

Arthur De Santis é um executivo com mais de 20 anos de atuação na indústria de serviços financeiros, com destaque para bancos, processadoras de cartões, adquirentes e seguradoras, formando e liderando equipes e iniciativas ao longo de toda a cadeia de valor de Tecnologia da Informação.