No contexto das dinâmicas corporativas contemporâneas, o conceito de “organizações planas” tem sido amplamente debatido e adotado, com seus princípios de desburocratização e promoção de uma comunicação mais ágil e direta.
Entretanto, é imperativo compreender que, independentemente do grau de horizontalidade estrutural adotado, os papéis de liderança mantêm-se como elementos cruciais para a condução eficaz das organizações.
O traço Structural Balance and Leadership do CIO Codex Culture Framework aborda precisamente a necessidade de equilibrar a estrutura organizacional com o papel vital da liderança, reconhecendo a importância de cada um desses aspectos na promoção de uma cultura corporativa saudável e produtiva.
Para alcançar esse equilíbrio, é essencial que as organizações fomentem práticas de delegação e autonomia, contrapondo-se à micromanagement, o que implica confiar nas equipes e investir em seu desenvolvimento contínuo.
A prática da delegação inicia-se pela formação de times coesos e diversificados, com um mix de habilidades e níveis de senioridade alinhados aos desafios e objetivos estratégicos da organização.
Segue-se com a definição clara dos objetivos, onde o que é mensurado e os parâmetros de sucesso são claramente estabelecidos e compartilhados, permitindo uma visão compartilhada e um sentido de direção comum.
Neste contexto, é crucial que a liderança tenha a autoridade e a autonomia necessárias para tomar decisões informadas e agir de forma decisiva.
Isto requer que a organização confira poderes de forma transparente e pública, assegurando que todos na empresa compreendam quem são os responsáveis por diferentes áreas e temas.
Simultaneamente, é necessário Prover os recursos apropriados para a execução das tarefas, sejam eles humanos, financeiros ou temporais, pois sem os recursos adequados, mesmo as melhores intenções podem falhar em produzir resultados tangíveis.
Além disso, a cultura organizacional deve ser uma de confiança e segurança psicológica, onde se espera que erros aconteçam como parte do processo de aprendizagem e crescimento.
Este ambiente permite que os indivíduos e equipes assumam riscos calculados, inovem e, ao final, contribuam para o fortalecimento da organização como um todo.
A liderança tem um papel central neste processo, pois deve não apenas delegar, mas também apoiar, orientar e incentivar, atuando como um catalisador para o desenvolvimento contínuo da equipe.
Finalmente, a frase “Concentre-se naquilo que você é bom. Delegue todo o resto!”, juntamente com o mantra “power to the edge”, encapsula a essência deste traço: a valorização dos pontos fortes de cada indivíduo, a delegação inteligente e a maximização do potencial de todos os membros da equipe.
A implementação bem-sucedida deste traço requer uma liderança inspiradora, que possa liderar pelo exemplo, delegar eficazmente e criar um ambiente onde a excelência é não apenas esperada, mas sistematicamente alcançada.